Melhorar continuamente o trabalho de uma empresa, a fim de estabelecer a excelência como padrão de negócio, é o objetivo da gestão da qualidade de processos. Trata-se de um conjunto de procedimentos que ajuda diretamente no crescimento de uma organização.
No passado, existiam oito princípios de gestão. Porém, a ISO 9001:2015 alterou o número para sete — ainda que o objetivo de melhoria empresarial continue o mesmo.
Para ajudar você a entender melhor o assunto, apresentaremos os oito princípios originais da gestão da qualidade de processos. Continue a leitura e descubra como implementá-los na sua empresa!
8 princípios da gestão de qualidade de processos para colocar na prática
Confira a seguir 8 princípios da gestão de qualidade de processos que podem ser colocados em prática em sua empresa, garantindo melhor eficiência nas ações internas. Continue lendo e veja a seguir mais sobre cada um deles.
1. Abordagem de processo
Esse princípio da gestão de qualidade preza pelo bom gerenciamento dos processos, mostrando-os como ferramentas eficazes de interação entre os departamentos de uma empresa. Em outras palavras, trata-se da correta abordagem de um trabalho que impacta diretamente o negócio, com base no estudo das entradas e saídas da organização.
Quando você tem controle sobre essa visão macro, fica mais fácil identificar e contornar situações negativas, além de fixar metas dentro da realidade da empresa. Sem esse conceito, muitos gestores trabalham em cima de decisões equivocadas, trazendo mais instabilidade do que segurança para o negócio.
2. Melhoria contínua
A qualificação dos serviços oferecidos só pode acontecer se houver uma visão de melhoria contínua implementada na empresa. Porém, esse cuidado não deve se resumir à compra de novas ferramentas e a uma estruturação em pontos isolados: o segredo é se adaptar e crescer de maneira uniforme, ou seja, fixar o objetivo para todos.
Aprimorar a performance dos gestores, impulsionar o desempenho dos funcionários e qualificar o atendimento aos clientes compõem uma grande onda de progresso, que deve passar por todos os departamentos hierárquicos da empresa. Seu ápice é a comunicação com o consumidor.
O resultado disso é um maior engajamento por parte de gestores e colaboradores. Há, ainda, uma presença mais forte da companhia no mercado — que se torna mais competitiva a cada ano.
3. Abordagem factual
Como o nome pressupõe, estamos falando de decisões tomadas a partir de fatos, números e informações confiáveis. Trata-se de um dos conceitos mais básicos, que deve constar na cartilha de qualquer empresário ou gestor: trabalhar em cima de análises lógicas. Esse princípio favorece a organização e a eficiência dos processos, pois diminui a probabilidade de ações impulsivas e baseadas em achismos.
A abordagem factual também tem grande importância na questão do gerenciamento de pessoal. Tomando decisões dentro de uma realidade lógica, o gestor demonstra maior segurança aos colaboradores, deixando-os mais confiantes para a execução de suas tarefas.
Porém, vale frisar que, no princípio, todo comando é baseado em uma análise de dados seguros e processos bem definidos. Qualquer abordagem fora desse contexto deixa de ser factual.
4. Envolvimento das pessoas
Nenhuma empresa consegue se solidificar e expandir seus negócios sem a participação efetiva dos colaboradores. O envolvimento do pessoal é imprescindível para que os planejamentos sejam bem-sucedidos.
O conceito levantado neste princípio é justamente a necessidade de um trabalho diferenciado junto aos funcionários, capaz de extrair as melhores habilidades de cada um. Não se trata apenas de oferecer bons salários ou premiações: a questão envolve práticas diárias, com o objetivo de transformar o clima organizacional e facilitar a descoberta de pontos positivos ou a correção de falhas entre os profissionais.
5. Liderança na gestão da qualidade de processos
Essa discussão ainda é comum em muitas empresas, mas deve ser uma ideia clara para os gestores. Um líder e um chefe podem ocupar o mesmo cargo, mas há grande diferença nos comportamentos e no impacto de cada um perante os colaboradores.
O profissional que se limita à figura de um chefe vai aplicar as ordens necessárias, oferecer as ferramentas e esperar os resultados acontecerem. Um líder, no mesmo cargo, fará tudo isso, mas comandará seus liderados pelo exemplo, caminhará junto aos demais e será um motivador natural da equipe.
Além disso, o líder é proativo. Trata-se de quem sempre se mostra confiante e disposto a fazer melhor a cada dia, inspirando o trabalho de todos na busca pelas metas traçadas.
6. Abordagem sistêmica de gestão
A abordagem sistêmica de gestão é um complemento direto da “abordagem de processo”, ou seja, um trabalho direcionado à integração das atividades de todos os setores da empresa. Trata-se do conceito de que o processo de um departamento tem efeitos diretos e indiretos nos demais.
Nesse sentido, o gestor precisa identificá-los, a fim de promover uma melhoria geral e dinamizar a rotina de trabalho de todas as equipes. Isso deve envolver todas as áreas, como:
- atendimento;
- fornecedores;
- associados e parceiros.
Além disso, como explicado anteriormente, a estratégia é eficiente para identificar gargalos, evitar prejuízos e, consequentemente, aumentar os lucros.
7. Relação benéfica com os fornecedores
A ideia de que os fornecedores são descartáveis deve ser completamente desconsiderada. Uma empresa só é forte quando mantém um bom relacionamento com seus parceiros. Por isso, uma gestão de qualidade passa diretamente pelo tratamento oferecido a eles.
A relação deve ser de cumplicidade e benéfica para ambos os lados. Os benefícios de uma postura que respeite essa filosofia são inúmeros, indo desde a vantagem competitiva e a redução de custos com melhores negociações até o desenvolvimento de estratégias de marketing mais eficazes.
8. Foco no cliente
O cliente é o maior tesouro de uma empresa. Sem ele, nenhum negócio se mantém sustentável por um longo período. Não há intermédios ou atalhos: o consumidor sempre deve ser o foco principal. Sendo assim, não há como aplicar melhorias sem atentar a quem consome seus produtos ou serviços. Aqui, o gestor precisa entender as demandas e identificar as expectativas do consumidor perante a empresa.
O mais importante é que deve existir uma predisposição para mudanças e uma movimentação em prol da superação das expectativas. Não adianta apenas conhecer o cliente — é preciso trabalhar de maneira a atender às suas necessidades.
Importância da gestão da qualidade de processos
A gestão de processos de qualidade é fundamental para ter uma visão sistêmica da organização. A partir dela é possível olhar os processos de forma global, conseguindo identificar o papel de cada uma delas para a organização como um todo, fazendo um diagnóstico organizacional.
Além disso, a gestão de qualidade de processos permite acompanhar aquilo que está de fato dando certo e aquilo que precisa ser revisto, para que seu negócio possa alcançar o máximo de eficiência
Uma gestão de qualidade para a empresa também permite que você consiga se adequar às exigências do seu mercado consumidor, conseguindo manter a plena satisfação dos clientes, conseguindo resultados acima do esperado.
Outros pontos que demonstram a importância da gestão da qualidade de processos são:
- fidelização dos clientes;
- redução de custos operacionais;
- maior produtividade dos funcionários;
- aumento da competitividade no mercado;
- maior lucratividade para a empresa.
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Fonte: acaoconsultoria.com